Liturgia
18 de Abril de 2024
Sexta-feira da paixão do senhor
1ª Leitura - Is 52,13-15 . 53,1-12
Ele foi ferido por causa de nossos pecados.
Leitura do Livro do Profeta Isaías
13 | Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. |
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14 | Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, |
15 | do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. |
53,1 | ‘Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? |
2 | Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. |
3 | Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. |
4 | A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! |
5 | Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. |
6 | Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós’. |
7 | Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. |
8 | Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. |
9 | Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. |
10 | O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. |
11 | Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. |
12 | Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores. |
Palavra do Senhor. |
Salmo - Sl 30,2.6.12-13.15-16.17.25 (R.Lc 23,46)
R. Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
2 | Senhor, eu ponho em vós minha esperança;* que eu não fique envergonhado eternamente! |
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6 | Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,* porque vós me salvareis, ó Deus fiel!. R. |
12 | Tornei-me o opróbrio do inimigo,* o desprezo e zombaria dos vizinhos, e objeto de pavor para os amigos;* fogem de mim os que me vêem pela rua. |
13 | Os corações me esqueceram como um morto,* e tornei-me como um vaso espedaçado.. R. |
15 | A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,* e afirmo que só vós sois o meu Deus! |
16 | Eu entrego em vossas mãos o meu destino;* libertai-me do inimigo e do opressor!. R. |
17 | Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,* e salvai-me pela vossa compaixão! |
25 | Fortalecei os corações, tende coragem,* todos vós que ao Senhor vos confiais! R |
2ª Leitura - Hb 4,14-16; 5,7-9
Ele aprendeu a ser obediente e tornou-se causa
de salvação para todos os que lhe obedecem.
de salvação para todos os que lhe obedecem.
Leitura da Carta aos Hebreus 4,14-16; 5,7-9
Irmãos: | |
14 | Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. |
15 | Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. |
16 | Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. |
7 | ,Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. |
8 | Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. |
9 | Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. |
Palavra do Senhor. |
Evangelho - Jo 18,1-19,42
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João 18,1-19,42
Prenderam Jesus e o amarraram.
Naquele tempo: | |
1 | Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. |
2 | Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. |
3 | Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. |
4 | Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: ‘A quem procurais?’ |
5 | Responderam: ‘A Jesus, o nazareno’. Ele disse: ‘Sou eu’. Judas, o traidor, estava junto com eles. |
6 | Quando Jesus disse: ‘Sou eu’, eles recuaram e caíram por terra. |
7 | De novo lhes perguntou: ‘A quem procurais?’ Eles responderam: ‘A Jesus, o nazareno’. |
8 | Jesus respondeu: ‘Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem’. |
9 | Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: ‘Não perdi nenhum daqueles que me confiaste’. |
10 | Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. |
11 | Então Jesus disse a Pedro: ‘Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?’ Conduziram Jesus primeiro a Anás. |
12 | Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. |
13 | Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. |
14 | Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: ‘É preferível que um só morra pelo povo’. |
15 | Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. |
16 | Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. |
17 | A criada que guardava a porta disse a Pedro: ‘Não pertences também tu aos discípulos desse homem?’ Ele respondeu: ‘Não’. |
18 | Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam-se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. |
19 | Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. |
20 | Jesus lhe respondeu: ‘Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. |
21 | Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.’ |
22 | Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo: ‘É assim que respondes ao sumo sacerdote?’ |
23 | Respondeu-lhe Jesus: ‘Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?’ |
24 | Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote. Não és tu também um dos discípulos dele? Pedro negou: ‘Não! |
25 | Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe: ‘Não és tu, também, um dos discípulos dele?’ Pedro negou: ‘Não!’ |
26 | Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: ‘Será que não te vi no jardim com ele?’ |
27 | Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. O meu reino não é deste mundo. |
28 | De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. |
29 | Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: ‘Que acusação apresentais contra este homem?’ |
30 | Eles responderam: ‘Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!’ |
31 | Pilatos disse: ‘Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei.’ Os judeus lhe responderam: ‘Nós não podemos condenar ninguém à morte’. |
32 | Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. |
33 | Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: ‘Tu és o rei dos judeus?’ |
34 | Jesus respondeu:’Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?’ |
35 | Pilatos falou: ‘Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?’. |
36 | Jesus respondeu: ‘O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.’ |
37 | Pilatos disse a Jesus: ‘Então tu és rei?’ Jesus respondeu: ‘Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.’ |
38 | Pilatos disse a Jesus: ‘O que é a verdade?’ Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes: ‘Eu não encontro nenhuma culpa nele. |
39 | Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?’ |
40 | Então, começaram a gritar de novo: ‘Este não, mas Barrabás!’ Barrabás era um bandido. Viva o rei dos judeus! |
19,1 | Então Pilatos mandou flagelar Jesus. |
2 | Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, |
3 | aproximavam-se dele e diziam:’Viva o rei dos judeus!’ E davam-lhe bofetadas. |
4 | Pilatos saíu de novo e disse aos judeus: ‘Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.’ |
5 | Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: ‘Eis o homem!’ |
6 | Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: ‘Crucifica-o! Crucifica-o!’ Pilatos respondeu: ‘Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.’ |
7 | Os judeus responderam: ‘Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus’. |
8 | Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. |
9 | Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: ‘De onde és tu?’ Jesus ficou calado. |
10 | Então Pilatos disse: ‘Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?’ |
11 | Jesus respondeu: ‘Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.’ Fora! Fora! Crucifica-o! |
12 | Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: ‘Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César’. |
13 | Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado ‘Pavimento’, em hebraico ‘Gábata’. |
14 | Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: ‘Eis o vosso rei!’ |
15 | Eles, porém, gritavam: ‘Fora! Fora! Crucifica-o!’ Pilatos disse: ‘Hei de crucificar o vosso rei?’ Os sumos sacerdotes responderam: ‘Não temos outro rei senão César’. |
16 | Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. Ali o crucificaram, com outros dois. |
17 | Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado ‘Calvário’, em hebraico ‘Gólgota’. |
18 | Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. |
19 | Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: ‘Jesus o Nazareno, o Rei dos Judeus’. |
20 | Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. |
21 | Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: ‘Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’.’ |
22 | Pilatos respondeu: ‘O que escrevi, está escrito’. Repartiram entre si as minhas vestes. |
23 | Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. |
24 | Disseram então entre si: ‘Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será’. Assim se cumpria a Escritura que diz: ‘Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica’. Assim procederam os soldados. Este é o teu filho. Esta é a tua mãe. |
25 | Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmó da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. |
26 | Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: ‘Mulher, este é o teu filho’. |
27 | Depois disse ao discípulo: ‘Esta é a tua mãe’. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. Tudo está consumado. |
28 | Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: ‘Tenho sede’. |
29 | Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. |
30 | Ele tomou o vinagre e disse: ‘Tudo está consumado’. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. E logo saiu sangue e água. |
31 | Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. |
32 | Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. |
33 | Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; |
34 | mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. |
35 | Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. |
36 | Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: ‘Não quebrarão nenhum dos seus ossos’. |
37 | E outra Escritura ainda diz: ‘Olharão para aquele que transpassaram’. Envolveram o corpo de Jesus com os aromas, em faixas de linho. |
38 | Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus – pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. |
39 | Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. |
40 | Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. |
41 | No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. |
42 | Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus. |
Palavra da Salvação. |