01.04.2020

Verdade ou mentira?

 

(Istock)

 

Neste dia comumente chamado Dia da mentira, pensamos se este não seria um momento oportuno para uma reflexão sobre o que se espera de um novo dia, de um novo tempo …

Tantas são as notícias compartilhadas pelas numerosas redes sociais de comunicação! Muitas delas encaminhadas e compreendidas como verdades absolutas, pareceres e ordens inquestionáveis, vídeos reveladores da realidade … E assim, sem sabermos da legitimidade das mensagens, somos tomados por sentimentos que, muitas vezes, aprisionam, como o medo, o nervosismo, a revolta, a indignação. Sem dúvida, esses são sentimentos humanos, possíveis diante de nossas inquietações e reflexões sobre a própria existência.

Pensar a respeito da origem dessas notícias e a confiança nas fontes, com certeza, será a alternativa mais equilibrada para nos libertarmos dos sentimentos que nos impedem de seguir adiante com liberdade de pensamento, discernimento pautado pelo conhecimento, pelos processos de investigação construídos ao longo da história da humanidade. Os seres humanos criaram linguagens, instrumentos, visões de mundo; exercitaram suas capacidades intelectuais, sociais, culturais para agora estarem sujeitos a viver sob a égide de boatos?

Será que precisamos conduzir nossas vidas a partir de ideias compartilhadas, sem critério, para desvalorizar as outras pessoas, os seus sonhos, o seu trabalho? Essas mensagens serão as marcas que queremos deixar de nossa passagem pela vida?

Por que não disseminar o BEM e o que, de fato, podemos fazer para mudar o que precisamos?

Muitas são as perguntas … É maravilhoso termos a chance de refletir e nos tornarmos pessoas plenas em sabedoria!

Verdades e mentiras são ideias elaboradas pelos seres humanos para dar sentido às vivências e ocupar os espaços que não têm sentido. No entanto, a escolha pelo sentido que nos torna felizes, deveria se dar pela conscientização de que não estamos sós, mas acompanhados de bilhões de pessoas que também têm o direito de viver dignamente e de serem respeitadas em sua essência.

Que possamos educar nossos jovens para que tenham vida plena de paz. Que seja este o caminho, a verdade e a vida! 

                                                                                                                                     Ana Lúcia Rodrigues dos Santos  (Coordenadora Pedagógica do Consa)