14.08.2021

Solenidade da Assunção da Virgem Maria, ciclo B, do Ano Litúrgico 

Istock

 A visita de Maria a Isabel permite ao Evangelista Lucas pôr em contato o Batista e Jesus, antes mesmo de ter nascido. A cena está carregada de uma atmosfera muito especial. As duas vão ser mães. As duas foram chamadas a colaborar no plano de Deus. Não há homens. Zacarias ficou mudo. José está surpreendentemente ausente. As duas mulheres ocupam toda a cena.

Maria, que chegou rapidamente de Nazaré, converte-se na figura central. Tudo gira em torno dela e do seu Filho. A sua imagem brilha com uns rasgos mais genuínos do que muitos outros que lhe foram adicionados ao longo dos séculos a partir de devoções e títulos afastados dos Evangelhos.

Maria, «a mãe do meu Senhor»

Assim o proclama Isabel a gritos e cheia do Espírito Santo. É certo: para os seguidores de Jesus, Maria é acima de tudo a Mãe de nosso Senhor. Daí inicia toda a sua grandeza. Os primeiros cristãos nunca separam Maria de Jesus. São inseparáveis. «Abençoada por Deus entre todas as mulheres», ela nos oferece a Jesus, «fruto bendito do seu ventre».

Maria, a crente

Isabel declara-a ditosa porque «acreditou». Maria é grande não simplesmente pela sua maternidade biológica, mas por ter acolhido com fé o chamado de Deus para ser Mãe do Salvador. Soube escutar a Deus; guardou a sua Palavra dentro do seu coração; meditou-a; pô-la em prática cumprindo fielmente a sua vocação. Maria é Mãe crente.

Maria, a evangelizadora

Maria oferece a todos a salvação de Deus, que acolheu no seu próprio Filho. Essa é a sua grande missão e o seu serviço. Segundo o relato, Maria evangeliza não só com os seus gestos e palavras, mas porque aonde vai leva consigo a pessoa de Jesus e o seu Espírito. Isto é o essencial do ato evangelizador.

Maria, portadora da alegria

A saudação de Maria comunica a alegria que brota do seu Filho Jesus. Ela foi a primeira a escutar o convite de Deus: «Alegra-te… o Senhor está contigo». Agora, a partir de uma atitude de serviço e de ajuda a quem necessita, Maria irradia a Boa Nova de Jesus, o Cristo, a quem ela sempre leva consigo. Ela é para a Igreja o melhor modelo de evangelização com alegria.  (José Antonio Pagola

Paz e Bem!

Ir.Romana