14.03.2022

SEGUNDA-FEIRA  da 2ª. Semana da Quaresma

“Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso.”

( Lc 6,36-38; Dt 9,4-10; Sl 79)

Os Evangelhos nos relatam que multidões procuravam Jesus para ouvir seus ensinamentos: “ficaram maravilhados com seu ensinamento, pois Ele os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mc 1,22). Multidões se deslocavam da Galileia, da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e até da região de Tiro e de Sidônia para ouvi-Lo, porque Jesus tinha um ensinamento novo (cf. Mc 3,7-8).

Hoje, coloquemo-nos junto com aqueles que procuram ouvir Jesus, o Mestre por excelência, que nos ensina os caminhos que levam a Deus, a Vida verdadeira e eterna.

A misericórdia e a compaixão perante a dor e os sofrimentos das pessoas com quem nos encontramos, são os sentimentos que Jesus mais deseja suscitar no coração de seus discípulos(as). E você que está fazendo este Retiro, tem um coração compassivo? Que situações humanas mais suscitam em você o sentimento de compaixão?

E na sociedade em que vivemos? Você certamente conhece pessoas que têm o coração endurecido, que não sentem compaixão pelos pobres, pelos injustiçados e marginalizados, pelas crianças órfãs, subnutridas e abandonadas, pelas mulheres estupradas e assassinadas, pelos discriminados por questões raciais ou de gênero, pelas famílias angustiadas pelas perdas ocasionadas pela Covid-19, pelos pecadores… Mas você também conhece pessoas que, seguindo a Jesus, se compadecem da miséria humana, seja por causa das desigualdades sociais, seja pelos desequilíbrios psicológicos, pelo vazio espiritual e de falta de sentido para a vida, pessoas desesperadas, depressivas, que não sabem de onde vieram e para onde vão e se perguntam por que receberam o dom da vida.

A misericórdia e a compaixão não podem se resumir a um sentimento, mas devem levar-nos a agir em favor dos sofredores e cuidar deles, ajudá-los… cada qual com os dons que Deus lhe deu. A misericórdia é o amor em excesso, um amor em atos e ações concretas em favor dos que sofrem.

Ao terminar a oração, reflita por um instante sobre o que você está aprendendo com Jesus, e no seu “caderno de vida” anote o que foi mais significativo para você; termine rezando bem devagar e com muita atenção a oração que Jesus nos ensinou, o Pai-Nosso.

Reflexões dos Padres Jesuítas.