04.10.2016

São Francisco de Assis

IMG_0610“A presença de Francisco, nosso irmão e nosso Pai, era efetivamente um facho de luz, era um farol. E era-o não apenas para os que mais intimamente convivíamos com ele, mas até para tantos outros, cujo teor de vida era bem diferente do nosso. Um clarão que irradiava d’Aquele que é a Verdadeira Luz, e iluminava mesmo os que se encontravam na escuridão da morte, dirigindo-lhes os passos pelos caminhos da paz. O Sol Nascente aureolava- lhe o coração e inflamava- lhe o espírito, fazendo dele um foco brilhante como sol do meio-dia, levando-o a pregar o reino de Deus, a transformar corações empedernidos em corações dóceis, a converter a malvadez em bondade, a conquistar para o Senhor um mundo novo. O seu nome ecoou nas paragens mais distantes, os seus prodígios foram admirados em toda a terra.

    Enquanto o espírito lhe animara o corpo, o seu aspecto não era bonito – antes pelo contrário. Os sofrimentos atingiam-lhe todo o organismo, e pela contração dos nervos os membros tinham adquirido uma rigidez quase cadavérica. Pois com a morte tudo se inverteu: ficou com um aspecto maravilhoso, irradiante de candura, que encantava todos os que o viam. E os membros, anteriormente rígidos, tornaram-se extremamente flácidos, sendo possível dobrá-los em qualquer posição natural, como os membros duma criança.

 Portanto, meus irmãos, dai graças e louvores ao Deus do Céu pelo benefício que nos concedeu, e recordai a memória de Francisco, nosso Pai e nosso Irmão, para louvor e glória d’Aquele que o enalteceu entre os homens e o glorificou entre os anjos.  E sem deixardes de rezar por ele – em conformidade com o que ele mesmo pedira – rezai sobretudo por sua intercessão, para que Deus nos faça compartilhar com ele da sua Glória. Amém”. (Carta de Frei Elias a toda a Ordem)

 

Queridas Irmãs! Que o Senhor que nos conceda a graça de vivermos o amor que inflamou São Francisco de Assis. Que Ele nos ajude a observar, fielmente, o Evangelho do Seu e nosso Senhor Jesus Cristo; plenifique o nosso coração com a paz, alegria, o Seu entusiasmo pelo Senhor! Que tenhamos o Seu espírito de pobreza e de amor, para vivermos com a mesma intensidade a paixão por Seu Deus e nosso Deus! Ajude-nos a iluminar o mundo com o Evangelho de Jesus para que Ele possa ser caminho, verdade e vida para os que sofrem e perderam a esperança, para todos aqueles que encontramos em nossos caminhos.

  Paz e Bem!   Ir. Romana

 

18.03.2016

São Francisco de Assis

Francisco, o Pai de nossa espiritualidade, nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, tornou-se o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.

Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas, doente, ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?” Ele respondeu que era ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz.

No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo na solidão, como eremita. De volta a Assis, recebeu a ordem do próprio Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha Igreja, que está em ruínas”. Partindo em missão de “Paz e Bem”, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis, havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este era o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois, na Primavera do ano de 1200, já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes companheiros que também pediam esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedicou-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria…, peregrinando até aos Lugares Santos.

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São Francisco – O cântico das criaturas – Ir. M. Euphemia – Escola do Gnadenthal

Quando voltou a Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho. Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida.

Na última etapa de sua vida, recebeu, no Monte Alverne, os estigmas, as chagas da Paixão de Cristo crucificado. Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar o amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontrou-se rodeado pelos seus filhos espirituais e recitou ao mundo o “Cântico das Criaturas”.

Doente e fragilizado, o seráfico Pai Francisco pediu, então, para ser transportado para a Porciúncula, onde morreu deitado nas humildes cinzas, a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado pelo Papa Gregório IX.

Sua mensagem de “PAZ e BEM” continua percorrendo o mundo e falando aos homens de hoje.