17.11.2021

Santa Isabel da Hungria

O amor de Isabel por Jesus Cristo levou-a assumir o Evangelho como sua forma de vida, e a vivê-lo no mais genuíno estilo de Francisco: simplesmente, sem rodeios, em todos seus aspectos espiritual e material. Propósito este que se manifesta em suas atitudes existenciais mais profundas, tais como: o reconhecimento do senhorio absoluto de Deus; a exigência de despojar-se de tudo e fazer-se pequena como uma criança para entrar no reino do Pai; o cumprimento, até suas últimas consequências, do mandamento novo do amor.

Sua paixão por Cristo se manifestava e se alimentava graças à uma comunhão profunda com Ele através de uma vida de oração intensa, contínua, às vezes, até o arrebatamento. A consciência constante da presença do Senhor era a fonte de sua fortaleza, de sua alegria, e de seu compromisso com os pobres. Mas também o encontro com o Cristo nos pobres estimulava sua fé e sua prece, pois seu encontro com eles a fazia “identificar-se” com eles. Nada estranho, pois na sua peregrinação para Deus, estava marcada por passos decididos de desprendimento até chegar ao despojamento total como Cristo na cruz. Ao final, não lhe restou nada mais que uma túnica cinza e pobre de penitência, que quis conservar como símbolo e mortalha.

Sua paixão por Cristo, que sendo rico se fez pobre, levou Isabel a segui-Lo radicalmente e a descobri-Lo e servi-Lo em seus “representantes, os pobres e crucificados da terra. Isabel servia pessoalmente aos abatidos, aos pobres e enfermos. Cuidou dos leprosos, a escória da sociedade, como Francisco. Dia a dia, hora a hora, pobre a pobre, viveu e consumiu a misericórdia de Deus no rio de dor e de miséria que a envolvia. Nos desventurados, Isabel via a pessoa de Cristo (Mt 25,40). Isto lhe deu forças para vencer sua repugnância natural, tanto que chegou até a beijar as feridas purulentas dos leprosos.

Paixão por Cristo, paixão pelos pobres, duas paixões que necessariamente vão sempre juntas(…) Em sua vida brilha com singular esplendor a supremacia da caridade. Sua pessoa é um canto de amor, modelado no serviço e abnegação, para semear o bem. É esse amor que fez brotar nela uma ardente força interior, própria de uma “mulher forte”, como é Isabel, e levava-a a irradiar alegria e serenidade, mesmo na tribulação, solidão e dor.

Isabel passou por esta vida como um meteoro luminoso de esperança. Lançou luzes na escuridão de muitas almas. Levou a alegria aos corações dos aflitos. Nada poderá contar as lágrimas que secou, as feridas que cicatrizou, o amor que despertou.

Santa Isabel nos incentive a derramar um pouco de bálsamo nas feridas de nosso entorno, a humanizar o que nos rodeia, a secar algumas lágrimas. Coloquemos nosso coração onde não há a misericórdia do Pai. O compromisso que viveu Isabel estimule nosso compromisso. Seu exemplo e intercessão iluminam nosso caminho até o Pai, fonte de todo o amor: o Bem, todo o bem, sumo bem; o silêncio e o júbilo. (texto adaptado da Mensagem de Fr. José Rodríguez Carballo OFM, de 2007).

A Congregação das Franciscanas de Ingolstadt – Região Brasileira Santa Elisabeth, invoca com fervor a assistência e proteção de Santa Isabel da Hungria sobre nós Irmãs, sobre as Aspirantes, as Postulantes e as Vocacionadas para que, o amor a Jesus Cristo Crucificado e misericordioso nos transforme na presença solidária e restauradora que conseguiu ser a Santa que hoje veneramos com admiração e piedade.                      

Paz e Bem!                                 

Ir. Romana Rossetto