24.11.2018

REI DO UNIVERSO

 

Jesus Christ statue against a background of gray stone with space for text
Jesus Christ statue against a background of gray stone with space for text

 

Neste último Domingo do Ano Litúrgico, concluímos a caminhada como “discípulos” proclamando CRISTO, REI DO UNIVERSO.

. Hoje comemoramos também o Dia do Leigo, que é chamado a colaborar com Deus na construção desse Reino.

Por que essa Festa?

– Se no ano todo revivemos a vida e as mensagens de Cristo e do seu Reino…

– Se entre as nações é um regime político um tanto abandonado…

– Se entre os homens são tidos como Reis, os possuidores de poder, de glória, bens materiais?

No entanto a Igreja achou oportuno coroar o Ano Litúrgico com esta festa, salientando o lugar de Cristo diante da Humanidade e do Universo.

As Leituras bíblicas nos falam dessa Realeza.

A 1ª Leitura anuncia um “Filho do Homem”, vindo do céu para instaurar um REINO sem fim. (Dn 7,13-14) Os judeus eram oprimidos pela dominação dos  gregos. Antíoco IV queria impor a cultura e a religião grega à força…

Daniel, numa linguagem apocalíptica, anima as comunidades à resistência. Numa visão noturna, Daniel, contempla quatro animais (reinos opressores), saindo do mar (símbolo do mal) e vê no céu um Ancião (Deus) que confia ao “Filho do homem” o poder, a glória e o REINO.

A profecia se realiza plenamente com a vinda de Jesus. Esse Reino, não obstante as perseguições, jamais terá fim. É verdade que esse reino ainda hoje não se tornou uma realidade plena; contudo, o Reino proposto por Jesus já está presente na vida do mundo, como uma semente a crescer ou como o fermento a levedar a massa. Compete a nós, discípulos de Jesus, fazer com que esse Reino seja uma realidade bem viva e atuante em nosso mundo.

A 2a Leitura lembra que o reinado de Cristo consiste em reconduzir todas as coisas a Deus. O homem e a criação inteira serão de novo de Deus. A Ressurreição será o passo final para esse reinado.  (Ap 1, 5-8)

No Evangelho, Jesus confirma a sua Realeza. (Jo 18, 33b-37)

 – Durante toda a vida pública, Jesus teve muito cuidado para não dar uma interpretação política à sua missão. Várias vezes querem fazê-lo rei, mas ele sempre se esquiva.

– Próximo da sua Paixão… sozinho, abandonado até pelos amigos,  sem exército que pudesse vir a defendê-lo, no tribunal diante de Pilatos que lhe pergunta: “Tu és o Rei dos Judeus?”  Jesus confirma a sua Realeza e define o sentido do seu Reinado: “Eu sou REI. Mas o meu Reino não é desse mundo…”. “Para isso nasci e para isso vim ao mundo. Para dar testemunho da Verdade. E todo aquele que é da Verdade, ouve a minha voz…”

* A Realeza de Cristo é diferente:

Um Rei que veio para servir e salvar. Um soberano capaz de aceitar uma coroa de espinhos. Um Rei cujo trono foi uma cruz no alto de um monte. Cruz que se tornou símbolo de vitória para nós. Esse Reino cresce onde se manifesta a atitude de serviço, a doação generosa em favor dos irmãos, onde cresce o respeito pelos outros, o diálogo, o perdão, a solidariedade… a justiça… o amor…

A Liturgia, no Prefácio, explicita o tipo de Reino que Jesus veio trazer:

“Reino da VERDADE e da VIDA,

 Reino da SANTIDADE e da GRAÇA,

 Reino da JUSTIÇA, do AMOR e da PAZ.”

+ Um Reino que não é desse mundo… mas que se importa com o mundo… solidário com as pessoas… Hoje, como há dois mil anos, para muitos é Rei só quem tem dinheiro, poder, glória, bens materiais, COISAS…

E CRISTO, ainda hoje, continua a nos repetir: “Eu sou rei“, não um rei de coisas, mas um rei de gente,

– sem o PODER que os homens tanto aspiram…

– sem a GLÓRIA que os homens tanto procuram…

– sem os BENS que os homens tão avidamente desejam…

+ Jesus nos convida a fazer parte desse Reino e a trabalhar para que esse Reino aconteça na vida de todos.

* Faz parte desse Reino, quem é da Verdade e escuta a sua Voz.

  – Procuramos na verdade escutar a sua voz, para entrar nesse Mundo novo?

  – Somos mensageiros desse Reino, na família, na rua, na sociedade no local de trabalho?

No Pai Nosso, Jesus nos convida a rezar:

  “Venha a nós o vosso Reino”

  Estamos aqui reunidos em oração, porque somos “cidadãos desse Reino”.  Façamos nossa a prece de Cristo: “Venha a nós o vosso Reino”. Desejaria que esse Reino… viesse de fato ao nosso coração e ao coração de todos os homens: Reino de Verdade e de Vida; Reino de Santidade e de Graça; Reino de Justiça, de Amor e de Paz…

Que assim seja… 

  Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa – 25.11.2018