06.11.2017

Olhando para nosso Pai São Francisco

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O Poverello impacta por sua simpatia, simplicidade, humanidade e bondade, inclusive por suas contradições. Evoca serenidade, humanidade e poesia. Cativa por sua nobreza, ternura e desinteresse. Soube sincronizar admiravelmente santidade com poesia, canto com sofrimento, alegria com pobreza, amabilidade com austeridade, Evangelho com humanidade, imanência com transcendência, mística com ação, religiões com os problemas mais contundentes da vida. É um cavaleiro da fé, que caminha sem duplicidade nem arrogância, mas com audácia e decisão, querendo atingir os fins a que se propôs.

Toma distância das mentiras piedosas, desconhece os pensamentos medíocres. Não suporta a vulgaridade, nada tem de cumplicidade com subterfúgios fáceis nem melindres oportunistas. Sabe respeitar a todos os que se destacam sem ser um barato bajulador. Não precisa bajular a ninguém. Despreza os bens temporais e não tem nenhuma pretensão de grandeza nem ânsia de galgar postos grandiosos da sociedade ou da Igreja porque acredita que a própria existência é graça e nobreza.

A maior que lhe pode ser tributada é realçar sua magnanimidade. Foge do servilismo, embora sirva a todos. Desmascara as lisonjas dos aduladores e servis. Consegue ser totalmente livre sem fazer concessões ao egoísmo e à extravagância”

(José Antônio Merino OFM, Francisco de Assís, santo enigmático e provocador, Encarte, Vida Nueva, n. 2663).