O nascimento de Jesus é o maior evento da história da humanidade. Ele se destaca em todos os aspectos e significados como sem precedente na narrativa bíblica. E não poderia ser diferente, pois se trata do nascimento do Filho Unigênito de Deus, aquele que foi prometido desde a eternidade e profetizado por milhares de anos. O apostolo Paulo destacou esse evento declarando que “vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei” (Gálatas 3:4,5).
Nenhuma narrativa a respeito da anunciação e dos eventos que sucederam o nascimento de uma criança se compara a de Jesus. Mesmo nascimentos marcantes como os de Isaque, Moisés, Sansão, Samuel e João Batista não se comparam ao de Jesus.
Uma série de eventos sobrenaturais prenunciou o nascimento do Filho de Deus. Uma estrela anunciou a chegada do menino Jesus aos magos (Mateus 2:3); e os conduziu até Jerusalém e depois até Belém. O anjo do Senhor anunciou a sua chegada aos pastores (Lucas 2:9). Uma grande multidão de anjos apareceu aos pastores louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede seu favor” (Lucas 2:14).
O nascimento de Jesus chegou ao conhecimento do rei Herodes (Mateus 2:3), como sendo Jesus o rei dos judeus; seu nascimento chegou ao conhecimento dos pastores como sendo Ele o salvador, o Cristo (ou messias), o Senhor (Lucas 2:10).
Apesar de sua humildade, os magos viajaram centenas de quilômetros para adorá-lo e presenteá-lo com bens preciosos: ouro, incenso e mirra (Mateus 2:11). Eles foram advertidos depois em sonho para não voltarem a Herodes (Mateus 2:12). Os pastores viajaram muitos quilômetros para falar da aparição dos anjos e causaram admiração em todos os que ouviram a respeito da anunciação do nascimento de Jesus (Lucas 2:18).
José, o pai de Jesus, foi miraculosamente advertido três vezes em sonho a respeito do menino. Primeiro, para confirmar que a gestação de Maria era obra do Espírito Santo (Mateus 1:20). Depois, para ele fugir para o Egito e evitar a morte do menino (Mateus 2:13-18). E, finalmente, para retornar a Israel, depois que Herodes havia morrido (Mateus 2:19-23).
Mas, o milagre mais extraordinário se refere à concepção do Filho de Deus no útero de Maria por ação do Espírito Santo (Lucas 1:26-35). Não foi necessário Maria manter relações sexuais com José para que Jesus fosse concebido, pois o poder do Espírito Santo veio sobre ela, ainda virgem, e procedeu à fecundação do óvulo de uma forma miraculosa que só será possível compreender na eternidade.
Dentre os significados do nascimento de Jesus, salta aos olhos os seguintes. O nascimento de Jesus foi um evento que uniu todas as raças. A representação dos ricos, pelos magos, e dos pobres, pelos pastores (Mateus 2:1; Lucas 2:8), destacaram a abrangência do alcance da boa nova. Tudo isso, num contexto de grande alegria (Lucas 2:10) e de paz aos corações de todos os homens (Lucas 2:14). Mais tarde, Jesus confirmou isto quando disse aos seus discípulos: “deixo-vos a paz; a minha paz vos dou” (João 14:27).
Foi a personificação de Deus como homem. Enquanto no Éden, o homem quis ser igual a Deus, no nascimento de Jesus, o Deus encarnado se tornou homem, como prova do propósito de Deus e da predisposição de Jesus de igualar-se ao homem e experimentar todas as suas limitações (Filipenses 2:7).
O nascimento de Jesus propiciou o método perfeito de Deus para deixar o modelo de vida e de relacionamento prevalecente no Reino de Deus. Sem Jesus as referências de comportamento estariam comprometidas. Mesmo grandes personalidades bíblicas como Abraão, Moisés, Samuel, Davi, Daniel estiveram em nível bem inferior ao exemplo de vida praticado por Jesus. Sua vida, ainda, deixou como prova ser possível uma relação perfeita entre homem e Deus. Jesus afirmou em João 10:30: “Eu e o pai somos um”. O permanente argumento de Satanás a respeito das motivações humanas no relacionamento com Deus (Jó 1.9-11) caiu por terra por meio de Jesus.
O nascimento de Jesus foi o maior presente que Deus deu à humanidade. Deus entregou seu único filho para resgatar os homens dos seus pecados e para fazer deles novamente seus filhos (Gálatas 4:5). Jesus ratificou isso quando declarou que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Enfim, o nascimento de Jesus é evento mais representativo em todos os tempos e em todas as condições de existência da humanidade. Muitos celebram esse fato e até declaram acreditar na existência física de Jesus na terra. Entretanto, infelizmente, não o reconhecem como o Filho de Deus.
Diante de tantos milagres e dos significados do nascimento de Jesus, não resta alternativa senão aceitar Jesus da forma como os anjos declararam aos pastores: Salvador, Ungido e Senhor da nossa existência (Lucas 2:11). (Mauro Lima)