Queridas Irmãs!
Olhando para a natureza, neste início de primavera, compreende-se mais facilmente o mistério pascal, que desemboca na ressurreiҫão. Percebe-se também porque a Igreja fez coincidir, desde cedo, a festa da Páscoa com o início da primavera no hemisfério norte. Após o longo período de inverno, a natureza, que parecia morta, ressurge em todo o seu vigor.
É o que está acontecendo com a orquídea que está no parapeito da janela do escritório onde trabalho. Recebi-a no meu aniversário, em setembro. Floriu belamente durante quatro meses. De repente, suas flores foram murchando e caindo, uma a uma. As hastes, onde se firmavam, pareciam ter secado. Mas, depois de algumas semanas, delas estão saindo novas hastes, com novos botões de flores. Quê beleza!
Estamos vivenciando a mais santa das semanas. Ao longo de seus dias acompanhamos Jesus no caminho da dor, do aparente fracasso, do abandono, até da traiҫão dos seus, da humilhaҫão, como bem o descreve Isaías nos cantos do “servo sofredor”. E, espontaneamente, vem à memória o sofrimento atual de tantas pessoas no mundo inteiro. Mas a paixão e cruz de Jesus não são o fim, são a passagem para a Páscoa, a Ressurreiҫão.
Este mistério central da nossa fé ocupou intensamente a contemplaҫão de São Francisco, a tal ponto que chegou a se assemelhar a Jesus através dos estigmas.
O Papa Francisco nos lembra, sempre de novo, que todos nós somos pecadores e necessitamos de salvaҫão.
Neste sentido, a Liturgia das Horas nos ajuda a rezar: “Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos e servas a graҫa da ressurreiҫão.” (LH – Laudes – 4ª f. da Semana Santa)
Queridas Irmãs, desejo que todas tenham tempo, disposiҫão e a graҫa para deixar acontecer este processo de transformaҫão em seu coraҫão. Assim, todas nós poderemos celebrar a Páscoa com júbilo e gratidão.
Feliz e Santa Páscoa!
(Ir. Paula Krindges)