Mais um quatro de outubro se aproxima e nós, uma vez mais, vamos comemorar, celebrar e cantar louvores ao Senhor pela vida de nosso Pai, São Francisco de Assis.
Ele, homem feito oração e com um coração repleto de misericórdia e compaixão, beijou o leproso, cuidou dos irmãos, amou e “reconstruiu a Igreja ”. Acima de tudo, amava Jesus Cristo, sua Encarnação, Paixão e Eucaristia. Tornou-se outro Cristo e recebeu os estigmas da Cruz.
Foi exímio cuidador da Natureza. Seu cuidado com o meio ambiente não se devia a interesses pessoais, mas sim por sentir e perceber a grandeza do Deus Criador, sua bondade, beleza e misericórdia. Para São Francisco, a Natureza deve ser cuidada, amada e respeitada como “Casa Comum” a todos.
Ele foi fiel a Deus e percebeu sua presença em cada Criatura e chamou-as todas de “IRMÃS”. Homem cheio de esperança que amava o Sol, bailava com o vento, sentia uma alegria profunda ao contemplar a noite de luar e o céu estrelado. Louvava e se esbaldava de gratidão pela irmã Água, “muito útil, humilde, preciosa e casta”. (Cant. do irmão Sol). Alimentava um respeito profundo pelo Ser Humano que representa a “imagem e semelhança do Criador. (Gn1,26)
Infelizmente, o ser humano é o que mais destruiu e destrói a natureza, não se preocupando com as gerações futuras. Hoje, o que vemos são florestas destruídas por pessoas que só buscam o lucro, levadas pelo gosto de ter e ter. Falta água em quase todo o território nacional! Há desiquilíbrio na queda de chuvas e também águas contaminadas pelos agrotóxicos, tudo em busca do capitalismo selvagem e desenfreado, indiferente ao ser humano e à Criação.
Enfim, precisamos de outros Franciscos para inspirar e convocar a humanidade na busca do essencial, daquilo que realmente vale, daquilo que pode trazer a paz e a felicidade.
Venha, Francisco, com sua simplicidade tocar os corações, com sua arma potente, a ORAÇÃO, converter, pacificar os seres humanos que têm sede de Deus e não sabem como fazer para encontrá-lo. Venha, Francisco, e ensina-nos a compaixão para com nossos irmãos de perto e de longe. Venha ao encontro dos migrantes, dos refugiados e dos “leprosos” de nossos dias. Venha, Francisco de Assis, trazer a paz entre os povos e nos corações de toda a humanidade, venha nos mostrar que o “Amor não é Amado”: Grita a todos que a Paz é possível e que depende de cada um de nós; venha dizer a todos que “temos de AMAR muito o AMOR DAQUELE que muito nos AMOU.” ( 2C196)
