12.04.2019

“De novo, os judeus pegaram em pedras para apedrejar Jesus”. ( Jr 20,10-13; Sl 18,1-7; Jo 10,31-42)

 

Stock photograph of the stony shores of Lake Tahoe, as seen from the Nevada side, USA at sunset.
Istock 
  • Deus é o Criador do universo, do céu e da terra, de cada molécula, de cada átomo, de tudo o que existe; Ele está presente no pulsar do seu coração; Ele está com você, aqui e agora, sempre.
  • “Entre” em oração, colocando os meios necessários: posição corporal, quietude interna e externa, composição vendo o lugar da cena bíblica, , petição da graça Pedir mais consciência do Amor Misericordioso do Pai; que cada um possa deixar-se surpreender pelo Amor criativo do Pai…e participar em sua festa de reconciliação. Ao mesmo tempo, pedir um coração desarmado, pronto a re-criar (perdoar é re-criar; é dar oportunidade para alguém viver de novo).
  • Mobilize sua interioridade acolhendo os “pontos” indicados a seguir.

…Por que somos tão rígidos, tão duros, tão insensíveis?

…O que nos faz ficar petrificados por dento?

Uma interioridade petrificada se expressa numa atitude de intolerância e insensibilidade ante os outros.

Normalmente, a petrificação interior é sempre recheada de devocionismos externos, repetitivos, de moralismos estéreis. O legalismo intransigente e inflexível desemboca no orgulho e na vaidade, levando a pessoa a assumir o lugar de Deus, fazendo-se juiz dos outros.

Ter as pedras na mão, magnífico símbolo da culpabilidade, prontas a serem lançadas sobre alguém em quem se projeta a própria maldade não reconhecida.

Numa postura arrogante, os judeus tomam para si o poder de julgar os outros, de dar aos outros o que eles pensam que merecem (recompensa ou castigo, a vida ou a morte).

O arrogante é um ser petrificado: a lei é a sua; a palavra é a sua; a verdade é a sua; o momento é o seu.

A arrogância também é nossa, manifesta-se no nosso pensar e agir cotidianos. Ela é a base de nossas intransigências, dos nossos preconceitos, dos nossos dogmatismos, de nossas críticas amargas, dos comentários maldosos. A arrogância mora no nosso desprezo e nas nossas ironias. Ela nos paralisa.

Por isso, a maior infelicidade é ficar estagnado: emoção petrificada, conceitos e pré-conceitos petrificados, imagem de Deus petrificada, atitudes petrificadas, religião petrificada (legalismo, moralismo, perfeccionismo…). Somos submetidos ao grande risco de ficarmos imobilizados, emparedados em nosso corpo, rígidos em nossos pensamentos, em nosso coração e em nosso espírito.

  • Leia atentamente o Evangelho indicado para a oração de hoje, em que chegamos ao ponto alto do conflito de Jesus com as autoridades religiosas.
  • Diante de Jesus, des-vele (tire o véu) de sua vida: Onde você sente maior rigidez? Na família, na relação com Deus, no encontro com os outros, na busca do perfeccionismo…?
  • Contemplar as pedras presentes na própria mão (contra quem costume lançá-las?…)

… O que nos faz ficar petrificados por dentro, tão duros, tão insensíveis?

… Como passar do coração de pedra para a morada da fonte de água viva?

… Como libertar o nosso coração dos medos que nos levam a excluir e rejeitar os outros e fechar-nos numa fria rigidez?

  • Converse com o Senhor: Repita em seu coração: Senhor, dá-me um coração de carne em vez de um coração de pedra. Dá-me mãos que se estendem ao que está caído. Arranca de minhas mãos as pedras que tenho para atirar sobre os outros. Amém.
  • No final da oração, dê graças por este momento e registre no seu caderno os movimentos mais fortes do coração.