A fé da Igreja afirma a respeito de Maria: “A imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha de culpa original, terminado o curso de sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celeste e, pelo Senhor, exaltada qual rainha do universo, para que mais plenamente estivesse conforme o seu Filho, Senhor dos Senhores e vencedor do pecado e da morte”. (Concílio, LG 59)
A Assunção de Maria ao ceu é uma das festas Marianas mais antigas na tradição da Igreja. O povo fiel, que crê em Cristo Salvador, sempre creu também que a Mãe do Redentor não podia ficar distante de seu Filho e estava associada para sempre à sua glória no céu. “Em corpo e alma”, indica a condição dos que, como Jesus, estão plenamente associados à gloria de Deus.
Na Liturgia de hoje, Maria é proclamada como a “Aurora e Esplendor da Igreja triunfante” (Prefácio); como a aurora precede o nascer do sol, assim na glorificação de Maria no céu, Deus já antecipa na pessoa dela aquilo que promete para a Igreja inteira. Olhando para Maria no céu, nós nos alegramos e consolamos na esperança de também chegarmos lá onde ela já está.
Nas adversidades da vida, nas lutas para perseverar na fé e nas dificuldades para viver segundo o Evangelho, podemos olhar para Maria glorificada no céu e encontrar consolo e esperança para seguir em frente. Por isso, nós a invocamos com confiança filial e temos a certeza de que ela intercede por nós. O que ela mais deseja é que também nós sejamos reunidos com Jesus e com ela na gória de Deus.
Nesta festa da Assunção de Nossa Senhora, rezemos de maneira especial pelas comunidades de Vida Consagrada Religiosa da Igreja, por todas as Irmãs e irmãos que consagram alegremente sua vida à Deus e à Igreja nos diversos Carismas da Vida Consagrada Religiosa. Que tenham sempre a alegria de viver inteiramente para o Reino de Deus já nesta vida, sendo um sinal de esperança Cristã para os irmãos e para o mundo. Em especial, rezemos pelas vocações à Vida Consagrada Religiosa.
Que Nossa Senhora da Assunção também nos ensine a respeitar nosso corpo e o corpo dos outros, que é “templo do Espírito Santo” e também destinado à ressurreição e à participação na glória de Deus. (Cardeal Odilo P. Scherer – Arcebispo de S. Paulo)
