11.03.2019

As tentações

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O início da quaresma é marcado pelas tentações de Jesus no deserto; 40 é um número de grande simbologia na Bíblia: 40 anos dos Israelitas no Egito, como escravos; 40 anos peregrinando no deserto para a terra prometida. Jesus também ficou 40 dias no deserto, preparando-se para iniciar sua Missão entre nós.

Deserto: espaço de encontro conosco mesmos, espaço de purificação. No deserto passamos inúmeras necessidades que geram essa purificação. Temos à nossa frente 40 dias de quaresma para desacelerarmos, olharmos para dentro de nós mesmos, descobrindo as tentações que aparentemente são boas, mas causam um grande mal.

As tentações de Jesus são nossas também: a comida é necessária, mas pode causar um grande mal, quando não temos limites, abusamos ou não temos discernimento na escolha do que ingerimos, causando sérias doenças; o excesso de dinheiro pode causar um grande mal, desunir, gerar morte; o poder desmedido e autoritário, usado inescrupulosamente, marca tantas vidas para sempre. 

Se eu sei que algo me faz mal, devo me afastar. Como está minha relação com Deus? Devo crescer, amadurecer neste tempo de graça e vigilância que me é concedido. Nesses 40 dias que Jesus passou no deserto, se deparou com sua realidade. Assim também nós devemos nos deparar conosco mesmos.

Quando vivemos profundamente nossa realidade, podemos ver qual é a nossa missão no mundo. Devemos, como Jesus, dar respostas à Sagrada Escritura;  40 dias de confronto conosco mesmos, de lembrar quem somos: rever nossos princípios e o que devemos deixar para trás. 

Que possamos, nesta quaresma, com a ajuda do Espírito Santo, purificar nossas vidas de tudo aquilo que não nos faz bem.  

(Ir. Mírian Simon)