Durante as Missões Franciscanas da Juventude, a aspirante Maria Ruderleia teve um contato muito próximo com a tribo indígena do povo Terena e descreve abaixo um relato sobre essa experiência.
Eu, aspirante Maria Ruderleia Alves Cardoso, vou pôr em poucas palavras uma experiência que vivi na Aldeia Ekeruá, nas Missões Franciscanas da Juventude, em Bauru-Agudos/SP: a princípio parecia um lugar qualquer, um lugar que eu nunca imaginaria morar, um povo indígena. Por ser um lugar bem desenvolvido, nada de muito mato, animais peçonhentos. Nada do que a televisão me mostrava. Lá tinha até wi-fi. Os nossos irmãos indígenas são bem antenados, fazem faculdade, tocam instrumentos como violino, e assim vai indo, são ousados e sem medo de nada, isso eles me demonstraram, lutam por uma causa e se preciso for morrem por seus ideais, sem covardia.
Esse povo Terena acolheu os 42 jovens franciscanos e nos deram um lugar pra dormir, pra tomar banho, e nos alimentaram. Foi uma acolhida muito grande, com carinho e muito zelo.
Mas o que mais emociona em lembrar, e uma imagem que ficou gravada em minha memória, foi a imagem de Índios, Negros e Brancos, juntos em um só ideal, essa imagem marcou. Vi que lá aconteceu o reino de Deus.
Nunca irei me esquecer o que eles me passaram: o amor pela mãe terra, o ser fraterno com o diferente e o cuidado com o outro, mesmo não sendo da mesma etnia. A paz que eles tanto querem e a luta pelo bem comum, esses são ensinamentos de amor que guardarei com muito carinho.
