Liturgia
20 de Abril de 2024
Segunda-feira da 5ª Semana da Quaresma
1ª Leitura - Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62
Estou condenada a morrer, quando nada fiz.
Leitura da Profecia de Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62
| Naqueles dias: |
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| 1 | Na Balilônia vivia um homem chamado Joaquim. | ||
| 2 | Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias, que era muito bonita e temente a Deus. |
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| 3 | Também os pais dela eram pessoas justas e tinham educado a filha de acordo com a lei de Moisés. |
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| 4 | Joaquim era muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus costumavam visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. |
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| 5 | Ora, naquele ano, tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia dito: ‘Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por condutores do povo.’ |
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| 6 | Eles freqüentavam a casa de Joaquim, e todos os que tinham alguma questão se dirigiam a eles. |
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| 7 | Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e passear no pomar de seu marido. |
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| 8 | Os dois anciãos viam-na todos os dias entrar e passear, e acabaram por se apaixonar por ela. |
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| 9 | Ficaram desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus justos julgamentos. |
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| 15 | Assim, enquanto os dois estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas. E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor. |
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| 16 | 6Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos que estavam escondidos, e a espreitavam. |
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| 17 | Então ela disse às empregadas: ‘Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho’. |
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| 19 | Apenas as empregadas tinham saído, os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo: |
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| 20 | ‘Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo. Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! |
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| 21 | Caso contrário, deporemos contra ti, que um moço esteve aqui, e que foi por isso que mandaste embora as empregadas’. |
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| 22 | Gemeu Susana, dizendo: ‘Estou cercada de todos os lados! Se eu fizer isto, espera-me a morte; e, se não o fizer, também não escaparei das vossas mãos; |
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| 23 | mas é melhor para mim, não o fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!’ |
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| 24 | Então ela pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela. |
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| 25 | Um deles correu para as portas do pomar e as abriu. |
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| 26 | As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o que estava acontecendo, |
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| 27 | 7Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos, os empregados ficaram muito constrangidos, porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana. |
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| 28 | No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido. Os dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao povo reunido: |
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| 29 | ‘Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim’! E foram chamá-la. |
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| 30 | Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de todos os seus parentes. |
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| 33 | Os que estavam com ela e todos os que a viam, choravam. |
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| 34 | Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana. |
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| 35 | Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois seu coração tinha confiança no Senhor. |
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| 36 | Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento: ‘Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar e mandou as servas embora. |
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| 37 | Então, veio ter com ela um moço que estava escondido, e com ela se deitou. |
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| 38 | Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos esta infâmia. Corremos para eles e os surpreendemos juntos. |
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| 39 | Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas, fugiu. |
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| 40 | A ela, porém, agarramos, e perguntamos quem era aquele moço. Ela, porém, não quis dizer. Disto nós somos testemunhas’. |
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| 41 | A assembléia acreditou neles, pois eram anciãos do povo e juízes. E condenaram Susana à morte. |
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| 42 | Susana, porém, chorando, disse em voz alta: ‘Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça. |
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| 43 | Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!’ |
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| 44 | O Senhor escutou sua voz. |
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| 45 | Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel. |
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| 46 | E ele clamou em alta voz: ‘Sou inocente do sangue desta mulher!’ |
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| 47 | Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou: ‘Que palavra é esta, que acabas de dizer?’ |
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| 48 | De pé, no meio deles, Daniel respondeu: ‘Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel? |
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| 49 | Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!’ |
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| 50 | Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: ‘Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice.’ |
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| 51 | Falou então Daniel: ‘Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei.’ |
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| 52 | Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: ‘Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. |
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| 53 | Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Tu não farás morrer o inocente e o justo!’ |
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| 54 | Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?’ Ele respondeu: ‘É sombra de uma aroeira.’ |
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| 55 | Daniel replicou ‘Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!’ |
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| 56 | Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: ‘Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. |
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| 57 | Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniqüidade. |
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| 58 | Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?’ Ele respondeu: ‘Debaixo de uma azinheira.’ |
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| 59 | Daniel retrucou: ‘Também tu mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!’ |
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| 60 | Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. |
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| 61 | E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. |
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| 62 | E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente. |
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| Palavra do Senhor. |
Salmo - Sl 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 4a)
R. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei, estais comigo.
nenhum mal eu temerei, estais comigo.
| 1 | O Senhor é o pastor que me conduz;* não me falta coisa alguma. |
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|---|---|---|
| 2 | Pelos prados e campinas verdejantes* ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha,* |
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| 3a | e restaura as minhas forças. R. | |
| 3b | Ele me guia no caminho mais seguro,* pela honra do seu nome. |
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| 4 | Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,* nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado,* eles me dão a segurança! R. |
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| 5 | Preparais à minha frente uma mesa,* bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça,* e o meu cálice transborda. R. |
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| 6 | Felicidade e todo bem hão de seguir-me,* por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei* pelos tempos infinitos. R. |
Evangelho - Jo 8,1-11
‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja
o primeiro a atirar-lhe uma pedra.’
o primeiro a atirar-lhe uma pedra.’
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11
| Naquele tempo: | ||
| 1 | Jesus foi para o monte das Oliveiras. | |
| 2 | De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. |
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| 3 | Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, |
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| 4 | disseram a Jesus: ‘Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. |
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| 5 | Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?’ |
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| 6 | Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. |
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| 7 | Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: ‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.’ |
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| 8 | E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. |
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| 9 | E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. |
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| 10 | Então Jesus se levantou e disse: ‘Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?’ |
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| 11 | Ela respondeu: ‘Ninguém, Senhor.’ Então Jesus lhe disse:’Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.’ |
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| Palavra da Salvação. |