05.03.2020

Quinta-feira da 1ª. semana da Quaresma

Pedi e vos será dado” (Mt 7,7-12; Est 13,3-4.12-14; Sl 138)

Como fazer a oração pessoal  diária?

  • Escolha um lugar apropriado para a oração e uma posição corporal que a ajude.
  • Pacifique-se por meio do silêncio exterior e interior.
  • Tome consciência de que você não está só acolhendo a presença de Deus como amigo; invoque o Espírito Santo.
  • Faça uma oração de oferecimento na qual todos os pensamentos. Palavras. Sentimento e ações sejam colocados nas mãos de Deus par Ele os transforme. Expresse todas as preocupações, todas as alegrias, todas as dificuldades; tudo o que está acontecendo na sua vida.
  • Pela graça de viver um tempo de conversão, de intimidade com Deus e de serviço aos irmãos.
  • Vá ao texto do dia, seguindo as orientações sugeridas. Dedique tempo à Palavra de Deus e às imagens e lembranças que ela vai trazendo. Saboreie a Presença de Deus dentro do coração.
  • Termine com uma oração de despedida amorosa, agradecendo por aquilo que aconteceu na oração. Reze um Pai Nosso e uma Ave Maria.

Mais uma vez, Jesus se revela como mestre da oração: Ele é o “orante que nos ensina a rezar”. No Evangelho deste dia, descobrimos o lugar e o sentido da oração de petição.

Na petição manifestamos nossa atitude filial: reconhecer a Deus o direito de ser Pai.

Nós nos dirigimos a Deus como o pobre, limitado, carente…A oração de petição é uma atitude do pobre que tudo agradece e tem consciência de esperar tudo de Deus.

A petição como atitude nos desarma de nossa autorreferência e nos faz sair de nós mesmos numa dupla direção: ao Pai e aos outros. Ela tem um sentido muito nobre porque com ela confessamos nossa carência diante de Deus, manifestamos nossa confiança e reconhecemos Sua grandeza, Seu Santo Nome e Seu amor para conosco.

Ao mesmo tempo, nossa vida se abre para as necessidades de todos, tornando-nos porta-vozes dos mais carentes. Neste sentido, a petição nos arranca do nosso egocentrismo, expandindo-nos e fazendo-nos participar do mesmo fluxo do amor e do cuidado do Deus Pai/Mãe que tudo sustenta e ampara.

Na expressão “pedi e vos será dado”, Jesus procura despertar, naquele que ora, a confiança no Pai.

Isso é o que nos ensina, também, a parábola do amigo inoportuno no Evangelho de hoje; o que essa parábola recomenda não é tanto a perseverança na petição, mas a perseverança na confiança; não nos diz que Deus se colocará ao nosso lado pela insistência com que o pedimos, mas que Deus sempre está do nosso lado, querendo dar-nos tudo o que de verdade necessitamos.

Ao entramos no fluxo do amor providente do Pai, a oração de petição dilata nosso coração para receber aquilo que pedimos. É uma mudança no coração de quem reza.

O que tem sentido não é a petição em si, mas a humilde gratidão, a acolhida agradecida, a confiança incondicional.

A petição nos mobiliza a buscar aquilo que pedimos, nos desperta, nos prepara para coisas maiores; alarga nosso coração e nossa visão para perceber outros dons que estão à nossa volta. Quanto rezamos, encontramos a força para fazer o que íamos pedir a Deus.

Longe de toda atitude passiva, a petição que anima a caminhar em direção àquilo que pedimos; nos ajuda a tomar consciência daquilo que no nosso interior nos move e nos impulsiona. Ela ativa e desperta novos recursos e possibilidades em nosso interior.

Sempre é uma oração em Deus, uma oração daquele que vive para Deus e confiando em Deus. Aquele que vive assim sabe com segurança que todas as suas petições feitas “em Deus” são escutadas prontamente. Este é o mistério da oração suplicante.

  • Agora, diante de Deus Providente, pergunto-me: “O que busco? Por que busco? Para onde me leva a força da busca?
  • Converso com o Senhor, como um amigo conversa com outro amigo.
  • Faço a revisão da oração, dando especial atenção aos sentimentos: paz, alegria, aridez, tristeza, luz, ânimo…(consolação-desolação).
  • Anoto no “caderno de vida” as inspirações mais fortes que me afetaram profundamente.