04.03.2020

Quarta-feira da 1ª. semana da Quaresma

(Istock)

“ Nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas”

(Lc 11,29-32; Jn 3,1-10; Sl 51)

Como fazer a oração pessoal  diária?

  • Escolha um lugar apropriado para a oração e uma posição corporal que a ajude.
  • Pacifique-se por meio do silêncio exterior e interior.
  • Tome consciência de que você não está só acolhendo a presença de Deus como amigo; invoque o Espírito Santo.
  • Faça uma oração de oferecimento na qual todos os pensamentos. Palavras. Sentimento e ações sejam colocados nas mãos de Deus par Ele os transforme. Expresse todas as preocupações, todas as alegrias, todas as dificuldades; tudo o que está acontecendo na sua vida.
  • Pela graça de viver um tempo de conversão, de intimidade com Deus e de serviço aos irmãos.
  • Vá ao texto do dia, seguindo as orientações sugeridas. Dedique tempo à Palavra de Deus e às imagens e lembranças que ela vai trazendo. Saboreie a Presença de Deus dentro do coração.
  • Termine com uma oração de despedida amorosa, agradecendo por aquilo que aconteceu na oração. Reze um Pai Nosso e uma Ave Maria.

Abra-se às surpresas do “Deus da vida”, acolhendo os sinais de vida ao redor: esse é o apelo do Evangelho deste dia. Somos movidos a não nos apegarmos às nossas próprias ideias, mas a fazer caminho com o Senhor, encontrando sempre coisas novas.

Jesus denuncia aqueles que, fechados em si mesmos e em sua falsa segurança, não percebiam os sinais de vida realizados por Ele e pediam um sinal extraordinário.

Não percebiam que Deus é o Deus das surpresas, que Deus é sempre novo.

Tinham esquecido que eram um povo a caminho. E, quando uma pessoa vai pelo caminho, sempre encontra coisas novas e surpreendentes, que não conhecia. É preciso um “olhar contemplativo”, para perceber o “novo” de Deus.

Não precisamos de milagres espetaculares; basta o espetáculo da vida de cada dia. Nunca há sinais para quem não quer vê-los. Tudo se converte em sinal de Deus para aquele(a) que vê com o coração. E fica admirado(a).

Só poderá ver os sinais de Deus que é capaz de admirar o sorriso de uma criança, a serenidade de um ancião, a beleza da natureza, a bondade no coração das pessoas, as “pegadas” de Deus em tudo…

Jesus realizou uma infinidade de sinais, revelando seu compromisso com a vida: curava os enfermos, se aproximava dos pobres e necessitados, sentia compaixão diante daqueles que sofriam, saí ao encontro dos pecadores e tomava refeições com eles.

O verdadeiro sinal de Deus é a vida. Vida! Qual vida? Toda a vida…é sempre um dom.

Nessa vida profunda e compartilhada, na ferida e no abraço, no ruído e no sussurro, no fracasso e na vitória, na ausência e no encontro. Deus nos saúde, nos acolhe, nos chama e nos diz: “escolhe a vida!”.

Deus “passou” e “passa” continuamente por nossas vidas, deixando seus sinais; por meio deles é que damos testemunho de quem é Deus.

A surpresa e a riqueza de cada “sinal de vida” fazem de cada instante a antecipação do que será a vida plena. Viver a vida neste mundo, em comunhão com todas as expressões de vida, é conhecer a alegria de ter certeza de que somos eternos. Podemos “viver de modo eterno” vivenciando as experiências que são eternas: amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar…

A fé revela que somos feitos por mãos celestiais, chamados à vida, para a liberdade, para a bondade, para a amplidão dos céus. Confessamos que a vida é de Deus e, como Ele, é eterna. De que outro sinal precisamos?

O mundo está repleto de sinais de Deus; não é Deus quem tem que “realizar sinais” para nós; somos nós que devemos nos converter em grandes sinais de Deus, para que outros cheguem até Ele. Devemos ser transparência de Deus.

  • Faço um colóquio com o Senhor: converso com Ele sobre os sentimentos e apelos que brotam a partir do “sinal de Jonas”; quais são os “sinais” mais fortes da presença de Deus em minha vida?
  • O que está travando minha vida, fazendo-me viver sem encanto e sem paixão?
  • Termino a oração dando graças por este momento de intimidade com o Senhor.
  • Anoto no “caderno de vida” os apelos, luzes, inspirações…que brotaram da oração.