01.01.2017

Mãe de Deus e da Igreja

Typical catholic image of Madonna with the child printed in Germany from the end of 19. cent. originally designed by unknown artist and taken in village Sebechleby in middle Slovakia.
pical catholic image of Madonna with the child printed in Germany from the end of 19. cent. originally designed by unknown artist and taken in village Sebechleby in middle Slovakia.

 

No dia primeiro de janeiro, celebramos a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja. O Santo que dela nasce será chamado Filho de Deus (cf. Lc 1,35). O Filho, que o Pai desde toda a eternidade gerou, fez-se carne no seio de Maria.

“Nascido de Mulher”, tornou-se “filho do Homem”, sujeito à lei da vida como um qualquer (cf. Gl 4,4). Porque Jesus é verdadeiro homem, Maria é verdadeira Mãe de Deus. A carne, que é o maior obstáculo para a vida sobrenatural, será Nela o instrumento da divina maternidade. Sua carne era destinada a “dar carne” a Deus, dada em seu coração. Quando proclamamos “Maria Mãe de Deus”, estamos dizendo que ela é a Mãe do Filho de Deus encarnado.

Portanto, Maria dá a Deus um corpo humano, pelo qual assumiu a nossa história e nossa condição terrena. O mistério fecundo da paternidade de Deus tornou-se visível na maternidade de Maria. Maria é Mãe da Igreja, Mãe dos filhos e filhas de Deus. Gerando a Cabeça, gerou também os membros do Cristo total, para formarmos um só corpo. Mãe de Cristo segundo a natureza; Mãe dos homens e mulheres segundo a graça. A sua maternidade espiritual começa na Encarnação e termina entre dores no Calvário. Em Belém nasceu a Igreja, de que Maria é Mãe e Primogênita. Virá o Espírito Santo no dia de Pentecostes investir solenemente a Mãe da Igreja no ofício maternal de gerar no mundo outros Cristos. (cf. Paulo Guerra, Celebrar a Festa, Ed. A. O. – Braga, 1988, págs. 173-174)

Maria é Rainha da Paz. A sua missão entre nós é construir a paz proclamada pelos anjos no nascimento de seu Filho. Vamos com Maria e José “ser Jesus”, promovendo a “cultura do encontro”, que desemboca na “fraternidade” (tema do papa Francisco para o 47º Dia Mundial da Paz).

(Dom Nelson Westrupp, scj Bispo Diocesano de Santo André)