05.09.2020

Corrigir também é amar

Na Carta aos Romanos (Rm 13,8-1 0), São Paulo recorda que a prescrição “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” resume os demais mandamentos. Amar é tarefa exigente, que demanda entrega, compromisso e a disposição em morrer muitas vezes para si e para os próprios interesses. No Evangelho, Jesus ensina que a correção também é uma forma de amor.

Deixar o outro seguir o caminho do erro sem ao menos tentar intervir por medo de desagradá-lo ou para evitar aborrecimento, não é atitude que se espera de um cristão. Buscar corrigi-lo de forma humilde e cortês é manifestação de bom senso e espírito de caridade.

O caminho da correção é oportunidade de crescimento, tanto para quem corrige, quanto para aquele que é corrigido. Ao primeiro, representa um esforço importante para sair da zona de conforto e ir ao encontro do irmão que necessita daquela ajuda, ainda que a princípio nem se dê conta. Ao segundo, é a chance de sentir-se amado por alguém que usa de sinceridade porque lhe deseja o melhor.

Entre pais e filhos, irmãos, casal, ambiente de trabalho e comunidades de fé, o hábito de corrigir na caridade, traz um amadurecimento valioso e confere força às pessoas e aos grupos para superar os desafios da convivência humana. Se não é a escolha mais fácil, a opção de praticar a correção fraterna é, na grande maioria das vezes, aquela que traz maiores benefícios a curto, médio e longo prazo.

Frei Gustavo Medella -OFM