Vivemos num tempo em que os Valores da família são por muitos ignorados ou esquecidos. As leituras falam da dignidade do Matrimônio cristão, dentro do maravilhoso PLANO DE DEUS…
A 1a leitura apresenta Deus criando o Homem e a Mulher, para se completarem, para se ajudarem, para se amarem. (Gn 2,18-24) O texto não é uma reportagem de fatos passados, mas uma CATEQUESE:
1) A Origem da vida e do homem está em Deus…
2) A solidão é uma experiência terrível para a pessoa humana.
– ADÃO, apesar de possuir o domínio sobre todas as criaturas, não está plenamente realizado. Sente profunda SOLIDÃO. Falta-lhe alguém com quem compartilhar a vida e a felicidade.
– DEUS preenche sua solidão, criando então a mulher, dotada da mesma natureza e da mesma dignidade. É na partilha de suas vidas no amor, que o homem encontra a realização plena de sua existência.
3) Homem e mulher são iguais em dignidade.
Eles são “da mesma carne”, partícipes do mesmo destino. Completam-se um ao outro e juntos complementam a obra do Criador. Esta realidade exige que homem e mulher se respeitem e exclui qualquer atitude egoísta de dominação.
4) Unidade: “Se tornarão uma só carne” = uma só pessoa…
Uma fusão não apenas dos corpos, mas na sua totalidade: corpo e alma: com seus projetos, seus sentimentos, seus ideais, suas tendências, suas esperanças, suas amizades… SUA FÉ…
A 2ª Leitura lembra a “qualidade” do amor de Deus pelos homens. (Hb 2,9-11)
Deus amou tanto os homens, que enviou ao mundo o seu Filho único. O Filho solidarizou-se com os homens, partilhou a debilidade deles e aceitou morrer na cruz para dizer aos homens que a verdadeira vida está no amor, que se dá até às últimas conseqüências. * O casal cristão deve também testemunhar, com a sua doação sem limites e com a sua entrega total, o amor de Deus pela humanidade.
No Evangelho, Jesus é perguntado sobre o DIVÓRCIO permitido pela lei de Moisés em certos casos, para proteger a mulher das arbitrariedades do marido. (Mc 10,2-6)
– Cristo responde: Moisés permitiu por causa da dureza do vosso coração… Mas desde o começo da Criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e os dois serão uma só carne… Portanto, o que Deus uniu o homem não separe”.
– Diante da posição do Mestre, os discípulos ficam perplexos…
– E Jesus conclui:
“Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério”
* O Evangelho nos apresenta o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher que se amam: eles são convidados a viverem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo. O amor de um homem e de uma mulher que se comprometem diante de Deus e da sociedade deve ser um amor eterno e indestrutível, que é reflexo desse amor que Deus tem pelos homens. O divórcio e a poligamia não fazem parte do projeto de Deus.
Jesus reafirma a unidade e indissolubilidade do matrimônio e condena o divórcio e a poligamia.
– Numa época, em que muitos procuram destruir ou desfigurar a família, é urgente proclamar o Plano de Deus sobre o Matrimônio e a Família. Não é uma norma da Igreja, é Plano de Deus, reafirmado por Cristo.
+ O texto finaliza com uma referência às CRIANÇAS, as maiores vítimas de uma família fragmentada:
– As mães levam seus filhos até Jesus para que os abençoe.
– Os apóstolos impacientes tentam impedir…
– JESUS: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas… Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos”.
* Os esposos não podem pensar só em si mesmos, esquecendo os filhos… A Missão dos pais é repetir o gesto das mães israelitas: levar seus filhos a Jesus, para que, abençoadas por ele e crescendo na sua escola, conservem a inocência e sejam um dia recebidas no reino dos céus, preparado para elas.
+ Nossa atitude para com os divorciados:
– Acolher, integrar, compreender e ajudar aqueles a quem as circunstâncias da vida impediram de viver o projeto ideal de Deus.
– Sem renunciar ao “ideal”, que Deus propõe e Jesus reafirma no Evangelho. A felicidade de uma família só existe quando há COMUNHÃO:
– entre os esposos – com os filhos e – também com Deus… Rezemos para que nossas famílias sejam a família que Deus quer: “Santuário da vida“ e “Berço do Amor e da Fé“.
(Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa – 07.10.2018)