06.01.2017

Epifania

Granada - The Adoration of Magi painting in church Monasterio de la Cartuja by Pedro Atanasio Bocanegra (17. cent.)
[Granada – The Adoration of Magi painting in church Monasterio de la Cartuja by edro Atanasio Bocanegra (17. cent.)]

Epifania significa ‘manifestação’. É a manifestação do Filho de Deus aos outros povos. A solenidade da Epifania do Senhor é a festa da universalidade da salvação oferecida como dom de Deus a toda a humanidade. Desde sempre, Deus quis que todos os povos fossem iluminados. O texto de Isaias é muito claro: “As nações caminharão à tua luz; os reis, ao brilho do teu esplendor”. A cada uma das nações da terra é dirigido este apelo: ”Deixa-te iluminar”.

Todos, judeus e pagãos, são beneficiários da mesma promessa, herdeiros da graça de Deus, em Cristo Jesus. Na Palavra que se fez homem, todas as barreiras são rompidas, e Deus visita todas as pessoas indistintamente. Em Nm 24, 17, há a seguinte profecia: um dia “se levantará de Jacó uma estrela”.

Essa profecia os judeus do primeiro século da nossa era, aplicavam à vinda do Messias. Os magos, símbolos das “nações”, vindos do Oriente para adorarem o Senhor, trazem os seus presentes, isto é, fazem sua profissão de fé naquele que, por amor de Deus, assumiu a nossa humanidade.

Os presentes oferecidos afirmam simbolicamente a divindade, a realeza e o sacerdócio do menino nascido em Belém. De todos nós, que nos reunimos para celebrar a solenidade da Epifania do Senhor, é exigido o engajamento próprio da fé. O presente a ser oferecido Àquele que assumiu a nossa humanidade é a nossa própria vida, ela mesma dom de Deus.

É este engajamento que nos faz sentir “a grande alegria” anunciada aos pastores e que os magos puderam experimentar, alegria da salvação, alegria de Deus, que nenhuma situação da existência humana pode tirar, nem ninguém pode subtrair.

Os magos foram orientados por uma estrela. Eles a estudaram, eles pesquisaram e eles a seguiram. A estrela que nos orienta é a estrela de maior brilho, é o próprio Jesus Cristo, que nos legou sua vida, seu exemplo e sua mensagem. Portanto, cabe a nós, como os magos do Oriente, seguir essa estrela, segui-la de corpo e alma, para que possamos conquistar o Reino para nós e para o mundo, tão carente de bondade e de amor.

(A Redação do ABC Litúrgico)